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Quem somos?
Somos uma organização suprapartidária e sem
fins lucrativos que atua na qualificação de
agentes públicos para prevenir e responder à
violência contra meninas e mulheres no Brasil.
Nossa história
A Serenas foi fundada em 2021, mas a nossa história começa seis anos antes, com o encontro de duas jovens, na época estudantes de Administração Pública e atuais cofundadoras da organização.
Suas experiências ao longo do tempo combinaram diferentes campos de atuação dentro do guarda-chuva das questões de gêneros, que vão desde o acompanhamento de formulação de políticas públicas e pesquisa acadêmica até a condução de formações “na ponta” para adolescentes, agentes públicos, redes educacionais e entes privados.
Em 2021, elas decidem reunir mais mulheres para escalar o impacto de seus trabalhos individuais. Assim, nasce a Serenas.
Conheça as experiências que estão
por trás da criação da Serenas:
Até 2018
- Condução de oficinas e formações sobre violência de gênero com adolescentes e agentes públicos.
- Realização de pesquisas acadêmicas relacionadas a desigualdades de gênero e aos direitos de crianças e adolescentes.
2019
- Criação e implementação Projeto Tá Na Hora, via Instituto Liberta
Oficinas sobre exploração sexual infantil para 300 estudantes da rede pública de ensino, impactando mais de 12.000 pessoas.
2020
- Mestrados em Oxford e Hertie School: educação sexual integral e prevenção de violências; desigualdades e gravidez na adolescência.
- Atuação no Fundo Malala: diagnóstico do impacto da educação sexual integral para a permanência de meninas em escolas ao redor do mundo.
- Atuação na UNICEF Brasil: construção do aplicativo SABE para crianças e adolescentes de todo o Brasil denunciarem casos de violência, em parceria com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
2021
Nasce
a Serenas
Visão
Nos inspiramos nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Nosso trabalho é movido pela meta global de alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas até 2030.
Por que existimos?
Ser menina e mulher no Brasil implica
sofrer diversas violências.
A cada 7 horas, uma mulher foi vítima de feminicídio em 2020.
62% eram negras. 1
por dia em 2020
tinham até 13 anos 1 (maioria meninas)
10 e 14 anos 2 por ano no Brasil (gravidez na adolescência acima da média mundial)
1. Anuário Brasileiro de Segurança Pública (2021)
2. UNFPA (2021)
3. Espro e Inciclo (2021)
As estatísticas são assustadoras, porém não mostram a realidade: a coleta e disponibilização de dados para mensurar o tamanho real das violações de direitos contra meninas e mulheres ainda é muito incipiente no país. Ou seja: o problema é pior do que os números apontam.
Apesar dos avanços, especialmente a criação de leis robustas, as tentativas de resolver o problema não são efetivas. Nossas pesquisas e experiências práticas no dia a dia trabalhando com crianças, adolescentes, mulheres e agentes públicos apontam alguns caminhos para a garantia dos direitos de meninas e mulheres.
Por isso, trabalhamos com cinco missões inovadoras:
Nossas missões
1 Interrupção de ciclos de violência doméstica e sexual
Qual o desafio?
Falhamos todos os dias na proteção de meninas e mulheres contra violências e discriminações. A mulher brasileira é uma das que mais sofrem com a violência doméstica em todo o mundo, sendo a maioria mulheres pretas e pardas. Também enfrentamos índices extremamente altos de abuso e exploração sexual. Os dados não deixam dúvidas: a maioria das vítimas de violência sexual no país são meninas, com menos de 13 anos e negras.
Nossa missão é reduzir os níveis de violência doméstica e sexual no Brasil, através de uma perspectiva interseccional.
2 Eliminação da violência institucional contra vítimas de violência de gênero
Qual o desafio?
Se não bastasse a dor da violência sofrida, meninas e mulheres são submetidas a diversas violências ao buscarem ajuda dos serviços públicos: são questionadas ou culpadas pelo ocorrido, têm seus pedidos de registro de BO negados, são forçadas a relatar o ocorrido diversas vezes, reforçando o trauma, dentre outras. Isso é o que chamamos de violência institucional, aquela praticada por agentes do Estado que deveriam ser responsáveis pela garantia dos direitos fundamentais e da dignidade humana.
Nossa missão é reduzir os níveis de violência institucional contra vítimas de violência de gênero no Brasil.
3 Acesso universal aos direitos e saúde sexual e reprodutiva para meninas e mulheres
Qual o desafio?
O direito de tomar decisões sobre o próprio corpo em termos reprodutivos e sexuais são direitos humanos que devem ser garantidos a todas e a todos. Para manter a saúde sexual e reprodutiva, as pessoas precisam ter acesso à saúde, educação e assistência para o planejamento familiar. Elas devem ter acesso a contraceptivos seguros, informações sobre infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), gravidez adequada, entendimento sobre o corpo o humano, sem nenhum tipo de violência, coerção ou discriminação. São direitos básicos, porém, negados a milhares de mulheres no Brasil e no mundo que muitas vezes não têm as ferramentas necessárias para se proteger de gravidez não planejada, ISTs e violência de gênero.
Nossa missão é garantir o acesso universal aos direitos e saúde sexual e reprodutiva para todas as meninas e mulheres no Brasil.
4 Educação sexual integral para adolescentes e jovens
Qual o desafio?
Estudos comprovam que políticas de educação sexual integral são efetivas para reduzir a gravidez na adolescência e as violências baseadas no gênero (UNESCO, 2021).4
Acreditamos em um currículo escolar que inclua os ensinamentos sobre os aspectos cognitivos, emocionais, físicos e sociais da sexualidade, conferindo autonomia a meninas e meninos, além de ferramentas para que possam se proteger de possíveis violências sexuais. O objetivo deve ser empoderar crianças e adolescentes a partir de conhecimentos, habilidades e valores para garantir sua saúde, dignidade e direitos.
Nossa missão é a desmistificação e a garantia da educação sexual para todos os adolescentes e jovens no Brasil.
5 Visibilidade e prioridade para meninas e mulheres nas estatísticas oficiais
Qual o desafio?
A sistematização de dados é importante para a construção e implementação de políticas públicas efetivas, especialmente dados contínuos que permitem a comparação de períodos distintos. Quando meninas e mulheres são invisíveis nas estatísticas oficiais, suas necessidades também são desconsideradas para a formulação de políticas. Atualmente, o governo brasileiro já coleta dados sobre a situação de meninas e mulheres no Brasil, mas ainda não é suficiente.
Além de desagregar os dados por sexo, é necessário que estes reflitam a realidade da desigualdade de gênero, incluindo questões e problemas relacionados a todos os aspectos da vida de meninas e mulheres. Ainda há viés a respeito de quais dados são coletados e como são utilizados. Por isso, mulheres também devem fazer parte das tomadas de decisões sobre diferentes metodologias para coleta de dados, levando em consideração a diversidade da população e fatores sociais e culturais que podem gerar enviesar os dados.
Nossa missão é a priorização de meninas e mulheres na coleta e divulgação de estatísticas oficiais no Brasil.