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Artigo

Por que Precisamos de uma Filantropia Feminista?

1 min

por Estadão, Amanda Sadalla e Luciana Temer

25 de novembro de 2024

Advocacy

Ser menina e mulher no Brasil é enfrentar desafios diários de violência, discriminação e opressão. Em 2023, um feminicídio foi registrado a cada 6 horas, e um estupro a cada 6 minutos, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Isso sem contar os milhares de casos de violência doméstica, psicológica e sexual que sequer chegam às delegacias. São números que chocam, mas ainda não refletem a realidade: apenas 8,5% dos casos de estupros são formalmente denunciados, de acordo com o IPEA.

Além disso, a violência baseada no gênero não afeta todas as mulheres e meninas igualmente. Meninas negras de até 13 anos são as maiores vítimas de estupro no Brasil; e meninas e mulheres com deficiência enfrentam até 10 vezes mais violência baseada no gênero do que aquelas sem deficiência, segundo estudo do UNFPA de 2018. As meninas vítimas de violência sexual carregam não somente o trauma, mas estão suscetíveis à uma série de outras consequências para seu desenvolvimento integral, como impactos negativos no rendimento escolar, efeitos na saúde física e mental, dificuldades de manter relacionamentos saudáveis e, até mesmo, consequências futuras no mundo do trabalho, perpetuando ciclos de desigualdade.

Sabemos que os governos estão falhando em investir em meninas e mulheres. Neste cenário, instituições como o Instituto Liberta e Serenas têm investido fortemente em campanhas de comunicação, incidência política e assessoria para governos, para trazer esses dados à tona, em uma tentativa de tirar o problema debaixo do tapete e mobilizar tanto a sociedade civil quanto os governantes para enfrentar essa realidade com a urgência necessária. Mas neste Dia Internacional do Enfrentamento à Violência contra a Mulher, queremos ir além. Nosso chamado é para um compromisso sólido das lideranças por trás do investimento social privado.

Leia o texto completo aqui.