Nós conhecemos o que o Brasil tem feito para prevenir e enfrentar violências contra crianças e adolescentes?

A Serenas entrou em uma jornada, em parceria com a Coalizão Brasileira pelo Fim da Violência contra Crianças e Adolescentes e a Fundação José Luiz Egydio Setúbal, para mapear boas práticas em torno do tema. Em setembro de 2021, a equipe de pesquisadoras composta por Caroline Rodrigues, Julia Ferraz, Marina Exner e Stefania Molina iniciou a pesquisa com o objetivo de construir 10 estudos de caso sobre boas práticas executadas por intervenções voltadas à prevenção e/ou enfrentamento da violência contra crianças e adolescentes. 

Para isso, foram entrevistados representantes das organizações Anaí, Meninadança, Instituto Liberta, Santa Fé, Luta pela Paz, Instituto Cidade Segura, SaferNet, Ministério Público do Pará, Canal Futura e Centro de Referência Vitoria da Conquista. As iniciativas foram escolhidas levando em consideração a representatividade regional e a diversidade quanto às formas de violência enfrentada, faixa etária dos/as beneficiários/as e área de atuação. 

Ao longo desse processo, a equipe se deparou com iniciativas inspiradoras que trabalham com crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. A ideia foi olhar para aquilo que já existe no Brasil e entender quais são os avanços e desafios enfrentados por essas organizações. A partir desse mapeamento, foi possível criar um diagnóstico inicial de como o país vêm atuando na área de prevenção e/ou enfrentamento de violências. A princípio, a pesquisa será utilizada como forma de pontapé inicial para um programa de advocacy, buscando influenciar a política e cultura brasileira para o fim da violência contra crianças e adolescentes. 

O estudo faz parte da frente de pesquisa da Serenas, na qual coletamos, sistematizamos e analisamos dados e boas práticas para apoiar a tomada de decisão na gestão pública. Acreditamos também na importância de evidências para informar educadores/as, agentes públicos e membros/as da sociedade civil. Por isso, para além do programa de advocacy, os resultados da pesquisa serão divulgados em breve, para que todas e todos tenham a oportunidade de conhecê-los e utilizá-los.